sexta-feira, 21 de maio de 2010

“Sem a cadência do samba não posso ficar”

Por volta das 16h15 de domingo, o grupo Pagodeando cantou “Esperanças perdidas”, sucesso nas vozes de Clara Nunes e do grupo Originais do Samba. Iniciava-se assim a primeira edição do projeto “Rua do Samba’, em Limeira.

A iniciativa é do grupo, com apoio da Secretaria da Cultura de Limeira. O local escolhido foi o Parque Cidade, com entrada franca.

Sem a cadência do samba não posso ficar/Não posso ficar... eu juro que não/Não posso ficar... eu tenho razão/Já fui batizado na roda de bamba/O samba é a corda... eu sou a caçamba”, dizia a letra do samba de Davi Moreira e Nelson Custódio.

Cerca de 300 pessoas acompanharam, ao longo de quase duas horas, a edição de um projeto que pretende ser mensal. Estavam presentes o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, os diretores da secretaria Fábio Ribeiro da Silva e Galdino Clemente, os vereadores Elza Tank e César Cortez.

O Pagodeando, que ganhou notoriedade nos anos 1980 e 1990, levou sua formação inicial. Atuais integrantes do grupo contribuíram no evento, que trocou o palco ao lado do Museu da Jóia pelo clima “roda de samba”, com os músicos próximos do público. Algumas pessoas e casais aproveitaram a interação e dançaram.

Há uma procura muito grande por este tipo de apresentação musical, e decidimos apoiar a iniciativa”, disse Adalberto Mansur. Segundo ele, a proposta é descentralizar as apresentações apoiadas pela secretaria.

Os vereadores elogiaram a proposta. “São músicos experientes, de grande qualidade. O samba de Limeira tem tradição”, disse Elza Tank, ao recordar que a escola de samba da qual era dirigente, a Bandeira Branca, forneceu componentes para o Pagodeando. 

César Cortez, por sua vez, destacou a participação popular. “Esse tipo de evento traz uma alegria que contagia pessoas de todas as idades”, declarou. A fala de Cortez se confirmava pelo público presente – havia famílias inteiras, além de jovens e idosos. 

Freqüentadores habituais do parque acompanharam a apresentação, que movimentou outros setores da região. O próprio Museu da Jóia, aberto ao público neste dia 16 de maio por iniciativa da Secretaria Municipal de Turismo e Eventos, teve um número maior de visitantes.

O público também fez pedidos ao Pagodeando. João Batista Anthero, integrante da banda, não esconde que, apesar da experiência do grupo, “cada apresentação é diferente. A emoção está presente”.

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