A Mostra Municipal de Teatro, organizada pela Prefeitura de Limeira e Secretaria Municipal da Cultura, atrai públicos diferentes. Exemplo disso são as senhoras que participam do grupo “3° Sinal”, da Escola Municipal de Cultura e Artes (Emcea). Elas têm assistido às peças e contribuído com os debates envolvendo as companhias participantes.
Juraci Soares Requena, diretor da Emcea, dirige o teatro com a terceira idade, que conta com um elenco de 15 atrizes. A Emcea é ligada à Secretaria Municipal da Cultura. O “3º Sinal” ensaia semanalmente, tendo se apresentado inclusive em outras cidades.
Lurdes Vieira, 70 anos, e Iasmin Logareze Neves, 59, estavam entre as presentes em várias peças. “Os espetáculos infantis foram muito bonitos”, conta Lurdes. Já Iasmin está assistindo todos os dias da competição. “É muito gratificante poder prestigiar o evento. Acompanhando a peça infantil, me tornei criança novamente”, confessa ela.
Lurdes e Iasmim, além das outras senhoras presentes, puderam trocar experiências com Gerson Fontes, coordenador da Oficina Cultural da Terceira Idade e do projeto “Terceira Idade Itinerante”, ambos da Secretaria de Estado da Cultura. Fontes, um dos jurados da mostra, elogiou a inclusão de peças para o público infantil no evento. “Incluir gêneros distintos em uma competição ajuda a quebrar muitos tabus”, afirma.
A mostra entra em sua fase final. Terá a peça “Mãos pálidas”, com o Núcleo Cia. de Teatro nesta sexta-feira, dia 6 de agosto. A peça relata a história de uma família e um segredo entre mãe e sete filhas agourentas, numa trama que envolve amor, ódio, vingança e a vida nua e crua. A classificação indicativa é 16 anos. O grupo foi o vencedor tanto da mostra como do Festival Nacional de Teatro de Limeira, em 2009.
Neste sábado, dia 7, será a vez do espetáculo “Ameríndia”, do Grupo Borandá. O grupo traz uma obra musical que retrata a diversidade cultural encontrada na América Latina, especificamente no Brasil. Nessa diversificação, encontram-se as nações indígenas, que são o cerne dessa pluralidade. A classificação indicativa é de 12 anos.
O encerramento, no domingo, terá o espetáculo convidado “A hora e vez de Augusto Matraga”, com o Núcleo de Vivência Teatral. A peça fala sobre um homem que busca construir na dor e também na alegria a sua vida. Augusto era uma pessoa muito rica, que tinha como propriedade muitos gados e gentes; porém sofreu uma virada em sua vida e acabou perdendo tudo o que tinha. O texto é baseado em obra literária de Guimarães Rosa, com classificação indicativa para 9 anos.
Após essa peça, ocorrerá a cerimônia de premiação, que apontará o representante de Limeira para o Festival Nacional de Teatro, que acontece na cidade
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