Artigo opinativo do secretário da Cultura de Limeira José Farid Zaine
Neste final de semana, o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado da Cultura, realiza em diversos municípios a “Virada Cultural Paulista”. Como representante da área cultural da cidade de Limeira, e apreciador de projetos ousados como o da “Virada”, reitero aqui a importância dele, sobretudo quando ele invade os municípios, levando cultura em diversos espaços. Na capital, por exemplo, é interessante ver a cultura e a luz vencendo espaços que, em dias comuns, são perigosos e pontos de distribuição de drogas. É uma prova de que a cultura de qualidade vence a escuridão e convida a população a voltar a olhar, com orgulho, os espaços que habita.
Enfim, os limeirenses cobram muito a realização da “Virada” no município. Eu mesmo já cobrei, enquanto vereador e agora como secretário, para que fossemos uma das cidades a receber o projeto. Fui diversas vezes a São Paulo, em reunião até com o secretário de estado da Cultura. Ocorre que, por sermos sede do Festival Paulista de Circo (realizado neste ano pelo quarto ano consecutivo), um dos maiores investimentos do Estado e também do nosso município, não integramos esse circuito. Claro que gostaria de receber a “Virada” e o “Festival”, mas como optar entre um ou outro? Impossível.
Da mesma forma como ficamos afoitos agora para irmos às cidades que são sede da “Virada”, muitas delas também ficam para vir ao nosso “Festival”, quando recebemos as lonas mágicas e coloridas do circo na cidade.
Claro que é preciso sempre mais, pensando nisso, criei o “Vira Virou – A Virada Cultural Limeirense”, com total apoio do Prefeito Silvio Félix e de todos os secretários municipais, especialmente Marcos Camargo e Adalberto Mansur, além do importante apoio do Poder Legislativo de Limeira, hoje presidido pela vereadora Elza Tank. Todos nós, unidos, nos dias 14 e 15 de setembro de 2010, realizamos nossa própria “Virada”, com recursos bem menores do que os do Estado - é verdade - mas com muito empenho e dedicação. A nossa “Virada” teve um público de quase 15 mil pessoas, com abertura emocionante com a trupe “O Teatro Mágico”, no Parque Cidade. Para este ano, pretendemos – em breve – já iniciar as discussões do projeto. Tenho certeza de que será maravilhoso.
Vamos cobrar e exigir de todos os Poderes para que as propostas culturais sejam sempre fomentadas e ampliadas dentro da nossa cidade. Mas, também, vamos nos unir para valorizar o que é nosso, divulgar e prestigiar. Há muitas iniciativas sendo trazidas ao público, algumas – inclusive – bastante ousadas, como o “Vira Virou”. Mas é preciso que apoiemos e abracemos a causa a favor da nossa cultura.
Estamos passando por um turbilhão de projetos: “Mostra de Teatro”, para atender as necessidades das artes cênicas; “Mostra de Dança”, para atender aos bailarinos, “Verso e Voz”, para a área de literatura, “Cine Cultura”, para atender aos cinéfilos de plantão – projeto, aliás, que estreia nesta quinta-feira, 19, às 19h30, no Teatro Vitória, com o filme “Elvis e Madona”, de Marcelo Laffitte; “Canta Limeira”, para que os músicos também tenham vez dentro da nossa programação. E, vem aí, o retorno dos salões de arte, para atender o público das artes visuais, o “Conselho Municipal da Cultura”, para discutirmos junto à sociedade projetos da área e a abertura de editais prevista na Lei de Incentivos Fiscais à Cultura.
Não nos acomodamos e buscamos sempre atender as necessidades da população. Cultura é uma área intensa, em que sempre tudo o que se faz ainda é pouco. Mas estamos buscando aperfeiçoar as nossas ideias, sempre com o objetivo de atendermos melhor a população.
Vida longa à “Virada”, vida longa ao “Festival Paulista de Circo”... Vida longa à cultura!
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