Dez curtas e dois longas integraram a primeira edição do Festival MIX Brasil de Cinema da Diversidade Sexual em Limeira, realizado pela Associação Cultural MIX Brasil e Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura. O evento ocorreu nos dias 12 e 13 de agosto, no Teatro Vitória, e terá uma edição maior em 2012.
O festival tem como principal objetivo oferecer filmes com a temática da diversidade sexual, para que as pessoas encarem esse tema com maior naturalidade e menos preconceito.
João Federici, idealizador do Festival, que nasceu nos anos de 1993, esteve em Limeira e elogiou a cidade pela iniciativa. “Todo novo projeto provoca a sociedade de alguma forma e Limeira está dando a sua contribuição por um tema tão recorrente e importante como é a diversidade”.
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Segundo o secretário da Cultura, José Farid Zaine, o projeto é muito interessante e oferece uma nova opção de lazer e cultura à população, por isso será ampliado no ano que vem. “Estamos felizes com a resposta do público e queremos ampliar a edição do festival no próximo ano”.
Programas
Na primeira noite, o drama “Como Esquecer”, com direção de Malu Di Martino, que traz no elenco gente de peso, como Ana Paula Arósio, Murilo Rosa e Natália Lage, conquistou a plateia com uma linguagem poética. Diálogos intelectualizados, que narram a dor de Júlia (Ana Paula) que é abandonada por Antônia, sua parceira, provocam as emoções do público. Outro ponto interessante do longa é a fotografia.
Após o longa, houve a exibição de cinco curtas premiados da “Mostra Competitiva 1” do festival, realizado em 2010. O destaque foi para a exibição de “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, dirigido por Daniel Ribeiro, que conta, em 17 minutos, a história de amor entre três amigos estudantes, tendo como trilha sonora a música “Janta”, de Marcelo Camelo. O curta tem sido bastante premiado e já havia sido exibido em Limeira, dentro do “Cine Cultura” de junho, e será transformado em longa.
“Dzi Croquettes” foi o destaque da noite de sábado. O documentário, com direção de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, conta a história da trupe carioca irreverente que marcou o cenário artístico brasileiro nos anos de 1970. Com deboche, o conjunto – formado por 13 homens que se vestiam de mulheres, sem perder a masculinidade – contestava a ditadura, defendendo a quebra de tabus sexuais e sociais. O grupo é lembrado por depoimentos de artistas e amigos como Liza Minneli, Ron Lewis, Gilberto Gil, Nelson Motta, Ney Matogrosso, Marília Pêra, Betty Faria, José Possi Neto, Miéle, Jorge Fernando, César Camargo Mariano, Cláudia Raia, Miguel Falabella, Pedro Cardoso e Norma Bengell.
Depois do documentário, aconteceu a exibição de mais cinco curtas premiados da “Mostra Competitiva 2”. Nesta noite, o destaque foi para o curta “O Bolo”, de Robert Guimarães, tendo no elenco Eriberto Leão, Fabíula Nascimento, Flávio Bauraqui e Catarina Abdala. O curta conta a história de Dirce (Fabíula), uma empregada doméstica religiosa que trabalha para Cadu (Leão), um artista libertário.
Na segunda noite, além de Farid e Federici, Robson Trento, coordenador da Oficina Cultural Carlos Gomes, esteve presente. Emiliano Bernardo da Silva - figura conhecida nas produções culturais da cidade - também marcou presença, acompanhado de sua esposa, dona Leila.
“Emiliano sabe tudo de documentário, e como um apaixonado por Limeira, registrou décadas de história de nossa cidade com seus olhos de bom filho da terra”, disse Farid.
Imagens da abertura do Festival MIX. Créditos - Divulgação.
Ronald Gonçales
Chefe de Setor de Música e Dança
Departamento de Projetos Culturais
Prefeitura de Limeira/SP
Secretaria Municipal da Cultura
(19) 3451.0502
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